Um primeiro questionamento caberia muito bem para essa reflexão, como que em um estágio propedêutico para a construção dessa conversa: o que é arte? O que podemos conceber enquanto manifestação artística? Para muitos, o conceito de arte está totalmente ligado ao erudito, às mais inacessíveis produções humanas, consideradas, egoisticamente ou não, as mais belas. Para outros, em um distante extremo, arte é toda expressão do pensamento, livre da preocupação com padrões ou formas e sobre a qual nem mesmo a beleza precisa se fazer presente. Trabalhar com extremos é sempre um grande risco. Bom seria se o ser humano, em suas confusões de gente, conseguisse adotar o equilíbrio como meta existencial. Equilibrar-se é experimentar o mais natural que podemos ser. E isso me parece uma grande e inteligente saída para um mundo que assiste a radicalidades sempre tão absurdas... Mas voltemos ao nosso objeto de reflexão. Enquanto alguns podem se deixar embriagar pela prepotência de considerar como arte apenas o produto do erudito e incompreensível, o extremo dos ilimites também pode coincidir em funesta aporia. A anarquia do artista precisa valer muito mais para o outro do que para ele. E, mesmo anárquica, sua atitude deve ser responsável. Do contrário, teríamos, como temos hoje, estupendos “porra-loucas”, seja na arte, na literatura ou na política. Apenas fazem barulho, mas nada conseguem dizer. Não conseguiram convencer nem mesmo a si próprios. No entanto... sempre há quem os aplauda. É complicado falar de arte assim.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
A arte é para quem?
Um primeiro questionamento caberia muito bem para essa reflexão, como que em um estágio propedêutico para a construção dessa conversa: o que é arte? O que podemos conceber enquanto manifestação artística? Para muitos, o conceito de arte está totalmente ligado ao erudito, às mais inacessíveis produções humanas, consideradas, egoisticamente ou não, as mais belas. Para outros, em um distante extremo, arte é toda expressão do pensamento, livre da preocupação com padrões ou formas e sobre a qual nem mesmo a beleza precisa se fazer presente. Trabalhar com extremos é sempre um grande risco. Bom seria se o ser humano, em suas confusões de gente, conseguisse adotar o equilíbrio como meta existencial. Equilibrar-se é experimentar o mais natural que podemos ser. E isso me parece uma grande e inteligente saída para um mundo que assiste a radicalidades sempre tão absurdas... Mas voltemos ao nosso objeto de reflexão. Enquanto alguns podem se deixar embriagar pela prepotência de considerar como arte apenas o produto do erudito e incompreensível, o extremo dos ilimites também pode coincidir em funesta aporia. A anarquia do artista precisa valer muito mais para o outro do que para ele. E, mesmo anárquica, sua atitude deve ser responsável. Do contrário, teríamos, como temos hoje, estupendos “porra-loucas”, seja na arte, na literatura ou na política. Apenas fazem barulho, mas nada conseguem dizer. Não conseguiram convencer nem mesmo a si próprios. No entanto... sempre há quem os aplauda. É complicado falar de arte assim.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Marisa aos Montes
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
O parto de Sofia
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Meu primeiro dia do Mestre sem Aprendizes
Não posso negar... A experiência da sala de aula me fez gente. Descobri-me mestre quando era apenas um aprendiz desengonçado.
Ainda sinto muita falta do cheiro dos meus alunos... Cúmplices das reticências... Inimigos das normas que, carinhosamente e com a mais pura verdade, tentei inserir em suas vidas... Belos e exemplares conselheiros que, dotados de maturidade ou não, fizeram de meus poucos anos a mais um impulso para que mais dias viessem.
Hoje, sinto-me só.
Não sei o que meus aprendizes sentem, cantam, conversam... Nem sei se continuaram com as mesmas travessuras de outrora... Não sei se ainda me amam e se tornariam a chorar a minha despedida.
Mas a ausência do giz em minhas mãos e dos diários de notas em minha bolsa registram apenas o ensaio do quanto me dói estar longe de cada um dos meus pássaros...
[...]
Eles teceram o HOMEM DAS RETICÊNCIAS e agora nem mais elas me respondem... Porque o vazio tem feito de minha existência um ponto final.
[...]
Sinto falta de vocês.
Sinto saudade das nossas desavenças...
Estou só, mesmo rodeado de tanta gente. E se essa gente ou esse povo fosse vocês, eu não precisaria mais de chamadas no início do dia, porque eu teria a certeza de que nunca nenhum de vocês iria faltar.
Um feliz dia do professor para mim... Mas, principalmente, para aqueles que me fizeram Mestre.
Saudade sem fim...